Não há refeição mais maltratada do que o café da manhã. Muitos chegam a
ignorá-lo, a maioria o trata com certo desprezo, alguns até o evitam. Poucos
são os que realmente o compreendem. Para a ciência da nutrição, no entanto, o
desjejum deveria ser reverenciado por todos. É uma etapa da alimentação
essencial para a saúde, para a manutenção do peso ideal e, principalmente, para
o equilíbrio de tudo o que se fará e se comerá durante o dia.
Um artigo publicado em 2003, no Journal of The American
Dietetic Association, descreveu que os nutrientes não consumidos nas
primeiras horas do dia não serão compensados em refeições seguintes.
Indivíduos que fazem o desjejum têm melhor aporte nutricional diário,
comparados com aqueles que não fazem. E, ainda de acordo com o estudo,
crianças que tomam o café da manhã, consomem cereais integrais com leite,
frutas e iogurtes, o que significa mais macronutrientes (carboidratos,
proteínas) e micronutrientes (vitaminas do complexo B, ferro, zinco,
cálcio), além de fibras.
Sabemos também que as pessoas habituadas à refeição matinal têm melhor
desempenho em testes de memória e na resolução de problemas. Crianças
apresentam melhor resultado cognitivo e rendimento escolar. Só benefícios? Sim
e tem mais: o desjejum também é fundamental para reiniciar o estímulo do
funcionamento intestinal, prevenindo a obstipação e outras doenças do órgão.
Até para perder – ou manter – peso, o desjejum é importante. Ao contrário do
que muita gente pensa, pulá-lo não emagrece. Pelo contrário: só fará com que o
corpo chegue mais faminto e preguiçoso ao almoço. O fracionamento das refeições
ao longo do dia, com a inclusão do desjejum, contribui para o metabolismo
energético adequado, ou seja ajuda a equilibrar melhor o que consumimos e o que
gastamos.
O primeiro passo pode ser começar o dia fornecendo ao corpo a energia
que ele precisa.
Sugestões do dia:
- Acordar 15 minutos mais cedo para evitar a desculpa de “falta de tempo
para o café da manhã”
- Para quem não consome absolutamente nada, a dica é iniciar com metade
de uma fruta (meio mamão papaia, banana, pera ou maçã) ou outro alimento,
como: torrada, bolacha, barra de cereal, leite, bebida a base de soja, suco ou
um copo de vitamina. A ideia é ‘quebrar o jejum’. Não sair de casa de estômago
vazio.
- Levar uma fruta ou um suco para consumir no caminho até o trabalho.
- Sair mais cedo, e parar em alguma padaria para tomar o café.
- Fazer essa refeição acompanhado. Além de mais prazeroso, o compromisso
com alguém pode ajudar criar o hábito.
- E os pequenos? Aprendem por imitação, vale a pena sentar à mesa e
incentivar o consumo nem que seja de um copo de leite batido com banana
e aveia, antes de sair de casa para estudar ou brincar. Já é um começo!
Fonte: Veja
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